Você deve estar se perguntando o que eu quiz dizer com esta frase. E vou explicar.
Até uma certa idade, ou melhor dizendo, até que os filhos possam ser responsáveis por si mesmos, todas as responsabilidades de absolutamente tudo serão dos pais. E por esta razão, as decisões a serem realizadas são uma prerrogativa deles. E ponto final.
As crianças podem ser “consultadas” sobre algumas coisas cotidianamente falando, é claro, mas as decisões mais impactantes não podem ser feitas na base de um consenso entre todos. Até porque os filhos não têm condições de avaliar a extensão do que está sendo decidido.
Por exemplo, não cabe “bater uma DR” com seu filho de 5 anos, sobre a escolha da escola ou algo de porte semelhante. Simples assim. Ele além de não ter condições de maturidade para tais movimentos, não pode ser o responsável a respeito de encaminhamentos tão sérios e determinantes . Seria pedir demais.
E me preocupo com certos excessos neste sentido, onde pais que possam não se sentir muito seguros em sua parentalidade, possam de uma forma inconsciente, delegar aos filhos um poder que não faz parte desta etapa evolutiva. Neste sentido, não estamos falando de uma democracia, mas de uma hierarquia a ser respeitada para o bem de todos. Pensem nisso com carinho.
Monica Cristina Guberman
Psicóloga Clínica
Adultos, gestantes e idosos
Orientação de pais e manejo de crises
CRP 06-84011
