Eu me lembro das histórias contadas por meus avós e pelos meus pais, de enormes sacrifícios feitos em prol da condução da vida da família. Eu mesma, é claro, passei por alguns episódios ao longo de seis décadas de existência. E me orgulho de todos esses momentos, ancestrais e pessoais, porque o gosto de superação que se tem jamais é esquecido.
Olho com preocupação a forma como muitos jovens demonstram acreditar que fazerem sacrifícios é algo perfeitamente dispensável, já que as coisas com certeza vão se manifestar “magicamente”, ou alguém “vai dar um jeito”, ou as coisas vão “cair no colo” ou surgir “do nada”. E nada mais ilusório do que este tipo de crença e comportamento.
Mas o que significa fazer sacrifícios? É estudar com dedicação todos os dias por anos? É trabalhar com seriedade e responsabilidade por toda a vida? É dar o melhor de si em todas as circunstâncias? É administrar a sua vida financeira abrindo mão de prazeres imediatos? É adiar muitas vezes o que se quer hoje, para se ter algo muito maior amanhã? Sim. É tudo isso e muito, muito mais.
Pai, mãe, prestem atenção em algo que vou lhes dizer: ensinem seus filhos que sacrifícios deixam de ser vistos e percebidos como tal, quando eles se tornam parte natural da vida. E somente vocês podem fazer isso de verdade por eles.
Ensine-os a terem ferramentas que o tempo não destrói, a aceitarem os desafios inerentes à existência, e lutarem por aquilo que desejam. E vocês serão o melhor exemplo neste sentido. Eles hoje podem não entender, mas no futuro saberão que foi o melhor caminho. Pensem nisso com carinho
Monica Cristina Guberman
Psicóloga Clínica
(19) 981512662
Psicoterapia e Orientação de Pais
Atendimentos presencial e online