Depressão, o “mal do século”, cujos índices cada vez mais alarmantes de incidência na população, tem trazido questionamentos extremamente necessários tanto pelos profissionais das áreas de saúde mental, quanto pelas pessoas de uma maneira geral.
Diversas são as causas que podem ser apontadas e todas na verdade, trabalham em conjunto, dando origem a uma vivência cotidiana bastante limitadora tanto do ponto de vista prático quanto existencial.
As questões neurológicas, sociais, familiares e sistêmicas estão presentes com toda certeza, mas vou centrar meu breve texto no que diz respeito à depressão, enquanto a expressão possível de ser feita, de um sentimento que por inúmeros motivos não está encontrando canais adequados para sua manifestação: a raiva.
Como tantos sentimentos, a raiva é algo perfeitamente natural de se sentir. O problema surge quando ela não consegue ser expressa de uma forma satisfatória para o indivíduo, quando impedimentos tanto externos quanto internos surgem neste sentido.
Mas só isso é o suficiente para se ter um quadro de depressão? Não, é preciso que outros fatores estejam presentes. Nem toda pessoa raivosa vai apresentar um quadro de depressão, mas em muitos indivíduos deprimidos, vamos encontrar muita raiva encoberta. E é preciso que isto seja cuidado. Com urgência, sem demora, com a maior presteza possível, levando-se em conta que depressão é coisa séria e deve ser tratada com a delicadeza, seriedade e profissionalismo que o assunto merece e exige. Pense nisso com muito carinho. Um lindo dia a todos!
Monica Cristina Guberman
Psicóloga Clínica
(19) 981512662