A forma como os relacionamentos tem se estruturado ao longo de nossa história, tem evoluído constantemente ao longo dos séculos, e de uma forma ainda mais impactante ao longo das últimas décadas. E digo isso porque com o advento da Internet, das mídias sociais e aplicativos, a presença física, (não vou em absoluto dizer que chegou ao ponto de ser desnecessária) foi largamente substituída pela criação de um imaginário que se “dobra ao meu bel prazer”.
E com isso um novo comportamento parece estar surgindo com mais frequência do que os indivíduos que desejam se comprometer gostariam: o ‘ghosting’, que significa o desaparecimento do outro sem deixar rastros ou vestígios, simplesmente “do nada”, de forma cruelmente inesperada e sem direito a qualquer espécie de “fechamento da relação “. E o que é pior, esta mesma pessoa que desaparece, por vezes agirá não só como um fantasma, mas como uma espécie de “assombração ” que dá as caras vez por outra, através destas mesmas mídias sociais.
E eu poderia dar aqui uma série de explicações psicológicas, fenomenológicas ou sociais, de porque o outro faz isso. Mas prefiro focar em porquê você permite que isto aconteça, lastimavelmente as vezes mais de uma vez. O que o leva a permitir que um “fantasma” passe a tomar conta de todas as cenas de sua vida? Sim porque nada mais aprisionante do que um término que não se realiza. O que o leva a atrair e se deixar atrair por alguém que fundamentalmente e de fato, nunca esteve ali de uma forma inteira, plena e verdadeira? E digo isso porquê se você prestar bem a atenção, os sinais já estavam todos presentes desde a primeira conversa. Questões para serem refletidas e mais do que isso, elementos que possam ser pensados para a condução à saída deste labirinto emocional onde todos perdem, principalmente você. Pense nisso!
Fazer terapia, um ato de amor e validação de si mesmo
Fazer terapia, um ato de amor e validação de si mesmo.
Monica Cristina Guberman
Psicóloga Clínica
(19) 981512662