A depressão é uma doença grave e que necessita ser tratada de forma adequada e o mais rapidamente possível. Ela causa alterações emocionais importantes que influenciam diretamente na forma como o indivíduo percebe, sente e se relaciona com o mundo e as pessoas à sua volta em seu convívio familiar e profissional. Cada vez mais diagnósticos de depressão tem sido realizados, o que de forma preocupante nos leva a crer que ela se tornará “o mal do século XXI”, trazendo uma demanda cada vez maior para os sistemas público e privado de saúde.
Historicamente falando, a depressão foi mencionada pelos filósofos, como uma disfunção nos “humores” que provocavam um ‘mal estar da alma’. Com o surgimento da Psicologia, o avanço das ciências estudiosas do comportamento humano, e as descobertas científicas da Medicina em relação a uma área tão delicada, este conceito foi revisto e ampliado para novas dimensões de compreensão, possibilitando o surgimento de protocolos farmacológicos que muito tem auxiliado inúmeros indivíduos diante de um quadro tão severo.
Mas como podemos saber se estamos diante de um quadro depressivo ou apenas diante de sensações de tristeza normais? Para que um diagnóstico possa ser adequadamente realizado, é fundamental que diversos sintomas sejam levados em consideração em conjunto: a intensa sensação de vazio, a desesperança e o desamparo, a presença de sentimentos de culpa severos, os pensamentos de punição e autocrítica, a ausência de estímulos para as atividades externas, a lentidão nas ações e tomadas de decisão, a presença de um cansaço permanente, a insônia, a diminuição da pulsão sexual, entre outros possíveis fatores Um outro fator importante enquanto elemento de diagnóstico diferencial, é o tempo em que tais fatores permanecem atuantes e o quanto até que ponto estas questões estejam bloqueando o funcionamento dos indivíduos em suas próprias vidas. Ficar triste por alguns dias ou as vezes algumas semanas, por conta de uma situação emocionalmente mais profunda é uma coisa, permanecer em um estado incapacitante por meses e anos é outra totalmente diferente. Prezado leitor você pode ter certeza que esta pessoa não está querendo “chamar a atenção”. O que ela mais desejaria é poder se sentir bem. Quando as coisas chegam a este ponto, é hora de buscar ajuda profissional, tanto psiquiátrica quanto psicoterápica.
MARQUE SUA SESSÃO PORQUE CUIDAR-SE É FUNDAMENTAL!
Monica Cristina Guberman
Psicóloga Clínica – CRP 84011