EU VOU TE AMAR SE….

Que desafio enorme para a Humanidade compreender o que é verdadeiramente o amor. Ainda estamos definitivamente engatinhando neste sentido. Por razões diversas, frequentemente, se não na sua quase totalidade, tão incrível sentimento se apresenta aos nossos olhos como paixão, atração, fusão, simbiose, controle, ciúme obsessivo e obcecado, “esvaziamento de si mesmo”, perda de seu referencial e de sua individualidade. E vamos aos poucos esquecendo quem somos.
Os sentimentos de encantamento que surgem num primeiro momento de forma espontânea e de uma maneira tão despojada, tão esperançosa, leve e risonha, não conseguem se sustentar ao longo do tempo enquanto tal. As condições e condicionamentos começam a surgir, definindo um campo de batalhas aonde todos perdem da forma mais brutal e infeliz possível. E nesta barganha do “eu sempre vou te amar se”, aquilo que chamamos de amor, torna-se o ‘inferno na terra’, miseravelmente impondo um ciclo vicioso de dor e sofrimento às criaturas.
Mas quais os limites entre o dar e o receber em iguais proporções? Como saber se o que sinto é amor ou uma espécie de transtorno emocional? Como identificar se estou caminhando para o lado trágico da vida? Nem sempre é fácil, nem sempre é simples de se saber. Há que se ter enorme cuidado com o amor por si mesmo em primeiro lugar. Há que se respeitar o outro como gostaríamos de ser respeitados. Há que se compreender que todos nasceram para realizar seu potencial. Há que se vasculhar as razões inconscientes que nos levam a “coisificar” o outro, e lamentavelmente nos deixar “coisificar” . Há que se buscar o mais profundo de si mesmo, onde se esconde a Luz que tudo transforma. Pensem nisso com mais carinho do que nunca. Beijos de luz e gratidão em todos!
Monica Cristina Guberman
Psicóloga Clínica
(19) 981512662