A Fadiga Pandêmica

Quando há um ano atrás a OMS declara como pandemia a disseminação do Coronavírus, todos nós (inclusive eu), acreditávamos que em poucas semanas este teria sido mais um susto que passaria sem deixar grandes consequências. Infelizmente não poderíamos estar mas longe da verdade!  As relações pessoais e profissionais como as conhecemos até então, tem  passado por gigantescas transformações que nos obrigam a nos adaptarmos de uma forma constante a um mundo onde o imprevisível se tornou uma espécie de nova ordem.  Além dos desdobramentos desastrosos com os quais temos que lidar, em um sentido sanitário, social e financeiro, uma espécie de “novo sintoma” surgiu.

Se você se sente cansado todo o tempo, com pouca ou nenhuma energia para realizar sua rotina, sentindo que simplesmente as coisas não andam e que parece que você não sair do lugar, você não está sozinho. Fadiga. cansaço, esgotamento são sintomas que tem se tornado frequentes para a quase totalidade das pessoas. Estamos exaustos. E por muitos motivos. Um deles é o derivado da própria doença, mas mesmo aqueles que não contraíram o Covid, embora de uma forma um tanto ou quanto diferente, se sentem assim também.

A Organização Mundial de Saúde denominou de fadiga pandêmica o cansaço derivado do esgotamento gerado pelo medo constante, pela insegurança permanente e pelo estado de hipervigilância contínua, a respeito de um vírus que ninguém vê, mas que todos sabemos que existe. Algumas pesquisas tem demonstrado que  sintomas de nervosismo, ansiedade, angústia ou a sensação de se encontrar no limite se tornaram mais presentes em nosso cotidiano do que gostaríamos, sobrecarregando nosso sistema hormonal e endócrino de maneira perigosamente constante, tornando-nos mais vulneráveis transtornos físicos e emocionais.

Mas o que podemos fazer a este respeito, já que o mundo parece ter ficado ‘fora de controle’? E aqui vão algumas dicas que acredito possam ajudar.

1) Procure dedicar alguns minutos de seu dia para autocuidados importantes. Alimente-se bem e de fontes nutritivas. Faça caminhadas. Estabeleça algumas rotinas de exercícios em casa mesmo, Isso irá auxiliar de uma forma muito benéfica no alívio do stress.

2) Escolha, se possível, apenas um momento do dia para se informar sobre o que está ocorrendo. O contato contínuo com notícias mais difíceis, faz com que seu cérebro entenda que você “corre perigo e sofre ameaças de forma ininterrupta”, trazendo uma sensação de impotência bastante desafiadora..

3) Ouça sua música preferida, faça meditação. Viva um dia de cada vez. Estabeleça planos de mais curto prazo.

4) Busque resgatar  a crença mais profunda em si mesmo. Cultive a fé em si próprio. Se precisar, busque ajuda terapêutica. Busque seus amigos, E por mais difícil que possa parecer em tempos atuais, acredite na vida e principalmente lembre o quanto você é importante.

MARQUE SUA SESSÃO PORQUE CUIDAR-SE É FUNDAMENTAL!

Monica Cristina Guberman

Psicóloga Clínica – CRP 84011